A KREAR, uma joint-venture entre o Grupo Casais e a Secil, recebeu esta terça-feira, 29 de outubro, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, na sua fábrica, localizada em Estarreja, distrito de Aveiro. A fábrica da KREAR tem a ambição de dar um passo significativo na transformação do setor da construção em Portugal, uma vez que esta infraestrutura tem como principal objetivo o desenvolvimento de soluções inovadoras de construção industrializada. Com um investimento de 15 milhões de euros, a nova unidade ocupará uma área total de 30 mil metros quadrados, dos quais 10 mil serão dedicados à produção de estruturas de edifícios de porte médio.
A fábrica da KREAR, em Estarreja, conta com uma linha de produção altamente automatizada. Dos 10 mil metros quadrados destinados à produção, 60% serão utilizados para uma linha automatizada semelhante à utilizada na indústria automóvel, incorporando a robótica para otimizar o processo produtivo (sistema “carrossel”). Os restantes 40% estarão focados na parte criativa e arquitetónica, permitindo que a empresa mantenha a qualidade e a personalização dos projetos. Esta unidade produtiva é, assim, uma das mais avançadas do país.
Daniel Granjo, diretor-geral da KREAR, afirma: “Com a fábrica da KREAR estamos a dar mais um passo na transformação do setor. Estamos a trazer grande parte da construção tradicional para dentro da fábrica, produzindo elementos estruturais em betão, que são depois assemblados em obra. Com este método inovador, estamos por um lado, a contribuir para a sustentabilidade do setor – evitando desperdícios dado ser uma construção precisa e em escala -, e por outro, a colocar à disposição do País um meio para mitigar a crise da habitação, dado ser um método mais célere de construção”.
A empresa prevê que este novo modelo possa reduzir o tempo de construção de uma infraestrutura até 50%, quando comparado com a construção tradicional exclusiva em betão. A KREAR, que foi oficialmente lançada em maio de 2024, tem Portugal como principal mercado nesta primeira fase. Contudo, tem como objetivo, numa segunda fase, expandir a sua atividade para outras geografias como Espanha e França. A empresa pretende desenvolver a sua atividade principalmente o segmento dos edifícios multifamiliares e unifamiliares, abrangendo também projetos como hotéis e residências de estudantes.
Com uma previsão de empregar cerca de 50 pessoas, esta fábrica não só promete inovar o setor da construção, mas também contribuir significativamente para a criação de postos de trabalho na região.