Cinco Estratégias para Superar a Procrastinação

As chances de que, neste momento,esteja a procrastinar são grandes. Talvez mesmo ao ler este artigo.

Chris Bailey decidiu passar umano a experimentar cada conselho de produtividade pessoal que encontrava. Com opassar do tempo, reparou em algo: procrastinou muito mais frequentemente do que,originalmente, havia pensado. No registo de horas que manteve, descobriu que,ao longo de uma semana, tinha passado seis horas a adiar tarefas.

Isto deixou-o a pensar: por que éque procrastinamos, mesmo sabendo que é contra os nossos interesses? Comopodemos superar isso, de preferência sem nos odiarmos a nós próprios ou àstécnicas que usamos no processo?

Para responder a estas perguntas,Chris falou com investigadores e passou algum tempo a pesquisar dezenas deartigos académicos. Os conselhos que juntou tornaram-se a base de parte do seulivro e, felizmente, descobriu o que melhor funciona.

Por que procrastinamos?

Uma das primeiras coisas que oautor aprendeu foi que a procrastinação é uma condição humana. Cerca de 95% daspessoas admitem adiar o trabalho, de acordo com Piers Steel, autor do The Procrastination Equation. E, talvez,os restantes 5% estejam a mentir.

Quanto ao fenómeno de adiar ascoisas, é “uma reação emocional profunda a algo que não queremos fazer”, dizTim Pychyl, autora de Solving theProcrastination Puzzle. Quanto mais avessos a uma tarefa, maisprobabilidade há de procrastinar.

Na sua pesquisa, Pychylidentificou um conjunto de sete fatores que fazem uma tarefa parecer maisavessa. Lembre-se de algo está a fazer agora – provavelmente achará que essatarefa tem muitas, senão todas, as caraterísticas que Pychyl descobriu:

• Chata

• Frustrante

• Difícil

• Ambígua

• Destruturada

• Não gratificante (ou seja, nãoencontra diversão no processo)

• Falta de significado pessoal 

A nível neurológico, aprocrastinação não é a ação mais lógica – é o resultado da parte emocional docérebro, do sistema límbico, a levar a melhor sobre a parte razoável e racionaldo cérebro, do córtex pré-frontal. A parte lógica do cérebro rende-se nomomento em que o Facebook é escolhido em detrimento do trabalho, ou quandodecide ver um episódio de House of Cards quandochega a casa.

Mas há uma forma de direcionar océrebro. Quando se aperceber que está a chegar um confronto entre a lógica e a emoção,resista ao impulso de procrastinar. Aqui estão algumas dicas de como o fazer:

Inverta o processo de procrastinação. Perceba quais dos setesmotivos está a desencadear a procrastinação. Em seguida, tente pensar de formadiferente sobre a tarefa, tornando a ideia de a completar/terminar maisatrativa.

Considere a escrita de umrelatório trimestral. Se acha isso aborrecido, pode sempre transformá-lo numjogo: Veja quantas palavras pode escrever num período de 20 minutos. Ou, se acharum trabalho ambíguo e desestruturado, crie um fluxo que estabeleça os passosexatos que devem ser seguidos.

Trabalhe a sua capacidade de resistência. Quando uma tarefe ‘pede’procrastinação, há que resistir. Até que ponto?

Imaginemos que tem de fazer umapesquisa intensa para um projeto. Para encontrar o nível de resistência,considere o esforço com que se comprometeu com essa tarefa. Por exemplo,poderia concentrar-se a ler durante uma hora? Não, esse período de tempo parecepouco apelativo. E cerca de 30 minutos? Diminua o tempo até encontrar umperíodo com o qual se sinta mais confortável.

Faça algo – qualquer coisa – para começar. É mais fácil continuarcom uma tarefa depois de ultrapassar a inércia inicial de a começar. Istoporque as tarefas que induzem à procrastinação, raramente são tão más como seimagina. Começar algo força uma reavaliação subconsciente desse trabalho. Nessafase, podemos perceber que, de facto, a tarefa não ‘pede’ assim tantaprocrastinação.

Pesquisas mostram que nos lembramosde tarefas incompletas ou interrompidas mais facilmente do que de projetosterminados. É como ouvir uma música que fica no ouvido e na cabeça o resto dodia. Iniciar uma tarefa significa que continuará a processá-la – e isso tornamais provável retomar o trabalho mais tarde.

Liste os custos da procrastinação. Essa tática funciona melhorquando está a adiar tarefas maiores. Embora não valha a pena gastar 20 minutos adescrever os custos de não ir à habitual corrida noturna, anotar os custosajudará, significativamente, na tarefa, como a poupança para a reforma.Adicione à lista todas as maneiras de como procrastinar na poupança da reformapode afetar a sua vida social, finanças, stress, felicidade, saúde e por aífora.

Também vale a pena fazer umalista das coisas que adia pessoalmente e profissionalmente, grandes e pequenas,enquanto calcula os custos de procrastinação para cada uma.

Desconectar. Os dispositivos oferecem um conjunto de distrações,seja o email, redes sociais ou troca de mensagens com amigos ou família. Isto éespecialmente difícil, pois torna o trabalho mais ambíguo e destruturado (dois motivosque levam à procrastinação).

Quando se aperceber que está ausar os dispositivos para procrastinar, desligue-se. Se quiser ser drástico, coloqueo telemóvel noutro local e desligue o WiFi no computador. Pode ainda usar aplicaçõescomo a Freedom ou a Self Control, que bloqueia o acesso asites de distração e exigem que o computador seja reiniciado para restaurar oacesso.

Quando desativar as distraçõesdigitais, não resta outra escolha senão trabalhar no que é realmenteimportante.

Existem formas comprovadas decombater a procrastinação de modo a que não interfira na realização das tarefasmais importantes. Da próxima vez que resistir a uma tarefa, perceba o que é queestá a desencadear isso, trabalhe a sua capacidade de resistência, force-se acomeçar a tarefa, anote os ‘custos’ de adiar o trabalho e desconecte-se daInternet.

Se seguir as dicas acima, iráprocrastinar com muito menos frequência.

Textoadaptado do artigo da autoria de Chris Bailey, publicado a 4 de outubro de 2017em: https://goo.gl/3nmC4H.

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