Quatro dicas para promover uma cultura empresarial de inovação

Há muita ciência por trás do porquê de a mudança ser tão difícil. Grande parte dessa razão está na natureza humana. Enquanto o que separa os seres humanos dos outros animais é o córtex frontal e as habilidades cognitivas, ainda existe uma capacidade inata para seguir certos padrões. Esses padrões afirmam que “se fazer uma certa coisa ontem não matou ninguém, então deve ser seguro fazê-la hoje novamente.“

Mas o ambiente mudaconstantemente e, com o ritmo acelerado da tecnologia, nunca houve tantapressão para a adaptação como hoje.

Entre as muitas facetas dainovação, o mais intrigante é mesmo moldar uma cultura de inovação porque, conseguirfazer isso, é sucesso garantido no que se refere à inovação sustentada. Sem uma cultura de inovação, grandesideias passam despercebidas ou, pior, são eliminadas.

As empresas, tal como os sereshumanos, ficam confortáveis nos padrões – fazer o que sempre foi feito, porqueé considerado seguro. Existe o medo de entrar numa nova indústria, oferecer umproduto fora da área de especialidade ou tentar uma nova abordagem para omarketing porque, falhar, pode sair muito caro! Aqui estão quatro dicas paraajudar as empresas a promoverem uma cultura de inovação.

1. Começar conversas com duas palavras muito simples: “E se…”

E se fosse possível transmitirinformação à velocidade da luz? E se, cada carro, pudesse ser transformado numtáxi? E se, quartos vagos, pudessem tornar-se mini-hotéis? E se, a capacidade inutilizadada CPU, pudesse ser utilizada para outros fins? Fazer estas questões abriucaminho para a fibra, Uber, Airbnb e VMware. Quando se faz perguntas abertas, opensamento revolucionário é bem vindo.

"E se…” é uma formapoderosa de iniciar discussões porque, no espaço em branco deixado por essapergunta, vive um convite ao pensamento diferente.

Para praticar este métodosimples, pode ser utilizada a fórmula: Olhar para a forma das coisas atualmente- o status quo – e postularexatamente o oposto. E se o modelo de preços estiver completamente errado? E se forsuposto virar à esquerda em vez de à direita? E se, neste preciso momento, o Mundo estiver acrescer demasiado rápido?

2. Prestar atenção quando alguém diz, ‘Eu tenho uma ideia maluca’

É frequente ver olhos a revirar quandoalguém diz: “Eu tenho uma ideia maluca.” Estas pessoas têm umafunção: fazer com que haja a necessidade de explicar e defender a ‘ideia maluca’.

Nem toda a gente é criativa, mastodos têm ideias loucas, algumas maiores, outras mais pequenas. Seriainteligente prestar-lhes atenção. É preciso encarar as ideias loucas comopresentes do cosmos. E também não precisam de ser grandes ideias malucas. Porvezes, até a observação ou o comentário mais inócuo pode tornar-se um trampolimpara uma grande ideia.

Albert Einstein disse: “Nãoé possível resolver um problema estando no mesmo nível onde ele foi criado. É precisosubir para o próximo.” A inovação nasce do desejo de resolver um problemade uma forma nova e diferente. É mais do que, apenas, pensar fora da caixa. Naquelaaltura, muitas pessoas acharam que Einstein estava louco. Certamente parecia.Mas foram exatamente esses atributos que o fizeram tão bem sucedido.

3. Abordar a vida como se estivesse a fazer sopa da pedra.

Se ainda não leu a parábola da "Sopa da Pedra” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Sopa_da_pedra),então devia. E, embora existam muitas lições de vida a partir desta história,ela ilustra, na perfeição, o poder da inovação

Jeremie Miller era um técnicobrilhante. Plantada no seu cérebro estava a ideia de criar uma plataforma paramensagens instantâneas, que poderia inter-operar com qualquer outra plataformade mensagens instantâneas. À sua invenção deu o nome de Jabber.

Mas, a verdadeira inovação daJeremie não foi a sua ideia brilhante (a pedra na sopa de pedra). Foi a maneiracomo ele convidou os outros a contribuir. Não apresentou a sua inovação como sefosse um produto acabado, ou uma sopa completa. No espaço em branco à suavolta, Jeremie atraiu uma equipa de contribuintes brilhante. Juntos,construíram coisas incrivelmente inovadoras.

4. Criar uma nova relação com o fracasso.

Nada mata mais uma cultura deinovação do que a humilhação pública de uma falha do passado. “Nós nunca maisvamos fazer isso de novo porque quando o X nos levou por esse caminho, perdemosdinheiro, tempo e trabalho.”

Toda a gente já ouviu o mantra"Sem risco, não há recompensa.” Claramente os dois estão ligados, maso que pode não ser percetível é que, a chave para avançar sem medo, reside no tipode relacionamento que se estabelece com o fracasso.

Todos cometem erros. A questãonão é se se vão repetir ou não, mas sim, de que forma são encarados e como vãoinfluenciar escolhas futuras. Se a lição retirada do fracasso é parar detentar, então o fracasso venceu.

A relação com os erros impede deexplorar o futuro, de correr riscos e gera-se aqui uma relação tóxica com ofracasso.

Mas há uma boa notícia: umapequena mudança no pensamento pode transformar a relação com o fracasso em algopositivo – algo que irá impulsionar as pessoas para o tipo de pensamento etomada de risco que leva à inovação.

Como? Basta pensar que, em cadafalha, há um momento de aprendizagem. É preciso parar de pensar nas coisaspassadas como um fracasso, e começar a pensar nelas objetivamente. Foi feito Xe foi aprendido Y. Assim, no futuro, experiências passadas ajudarão a alcançarideias diferentes.

Remover o medo do fracasso começano topo. Os líderes devem incentivar os colaboradores a correr riscosde forma inteligente, e explicar a importância de aprender com os erros, querisso seja feito através de emails, reuniões ou eventos.

Incentivar as pessoas a acreditarnelas mesmas, fazer uma aposta e aprender com os erros. Simplificando: asculturas que promovem a tomada de riscos serão os principais inovadores.

Texto adaptado do artigo da autoria de Andre Durand publicado na Mashable em http://mashable.com/2015/08/12/company-culture-innovation/#Pyz0cN1jePq2, a 12 de agosto de 2015.

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