Como é que as ‘estrelas’, numa empresa, conseguem brilhar, intensamente em conjunto, em vez de apenas brilharam isoladamente? Como é que empresas com pessoas de topo, conseguem vingar no mercado?
É frequente perceber as lacunas dasequipas que no papel parecem funcionar mas, no mundo dos negócios, se revelamineficazes. O que faz, verdadeiramente, a diferença?
É pertinente analisar estas seiscompetências críticas das empresas:
Equilíbrio: Como é que uma equipa consegue compreender aimportância da diversidade de competências e pontos fortes, e até que pontoestá disposta a incorporá-los.
Energia: Quão ambiciosa é a equipa e o que é que necessita para tomar a iniciativa e manter o ritmo a longo prazo.
Alinhamento: Até que ponto os membros da equipa entendem osobjetivos gerais e concentram os esforços nessa direção.
Resiliência: Como é que uma equipa consegue manter-se junta eeficaz, mesmo sob stress interno e externo.
Eficiência: Quão bem uma equipa compreende a necessidade deotimizar recursos e tempo e obter resultados eficientes.
Abertura: Até que ponto é que uma equipa valoriza envolver-se com outros grupos e com o mundo externo à empresa e estabelecer contactos.
Por vezes, contratar as pessoas certas não é suficiente, é preciso desenvolvê-las como indivíduos. É precisoajudá-las a trabalhar juntas. Desta forma, a eficácia de uma equipa explica,talvez, 80% do sucesso do seu líder.
Não acredite no mito de queos grupos de ‘estrelas’ não funcionam. Claro que funcionam, é só necessário estruturara equipa e orientá-la. Pode e deve criar-se uma equipa de topo. Mas ter sempreem mente que a equipa só vai prosperar se for equilibrada, harmoniosa,resiliente, energética, aberta e eficiente. Na verdade, alguma falha numa destasseis competências pode levar a grandes problemas. Por exemplo, as equipas poucoeficientes não conseguem definir prioridades ou tomar decisões, nem manterprazos. As equipas pouco diversificadas, frequentemente concordam uns com osoutros muito rapidamente e deixam de considerar novos cursos de ação.
Para entender os pontos fortes efracos da equipa (e, talvez, construir uma melhor), é preciso questioná-las eter noção da sua dimensão e dos seus elementos. Existe diversidade de pontosfortes e áreas de conhecimento? Está toda a gente alinhada com o mesmopropósito? É uma equipa ambiciosa? A equipa consegue otimizar o uso de tempoe recursos?
Assim como não existem diretoresperfeitos, também não há equipas brilhantes nas seis dimensões. Mas há sempre apossibilidade de trabalhar para melhorar certificando-se, por exemplo, de que todasas opiniões são consideradas, e encorajar o debate em reuniões
As empresa mais bem sucedidas sãoaquelas que têm os colaboradores mais distintos: com capacidades e historiais diversificados.São aquelas que têm os membros mais alinhados e totalmente comprometidos com aorganização. Otimistas, abertos a novas ideias e capazes de fazer frente àsadversidades.
As equipas que vencem são aquelasque têm estrelas brilhantes, juntas numa bela constelação.
Texto adaptado do artigo da autoria de Claudio Fernández-Aráoz, publicado no dia 17 de julho de 2015 em www.hbr.org