3 dicas para identificar diferenças culturais numa equipa global

Atualmente, independentemente do seu negócio, égarantido que irá interagir com pessoas cujo background cultural é diferente.Numa organização de cariz global poderá ter colegas de diferentes países. Tambémpode haver diferenças culturais entre a sua empresa e alguns dos seus clientes.

Poderá estar tentado a seguir a regra de ouro – etratar todos exatamente da mesma maneira que gostaria de ser tratado – mas estanão é a forma mais eficaz para se envolver com as diferenças culturais. Porexemplo, a maneira como interage normalmente pode não se enquadrar com asexpetativas dos interlocutores em relação às interações específicas. Destaforma, é necessário que esteja a par das diferenças culturais específicas.

Pode ser difícil identificar diferenças culturais umavez que, muitas vezes, não estamos conscientes das nossas própriascaracterísticas culturais. O principal propósito da cultura é providenciar-nosuma linha de orientação que nos permita compreender o mundo. Como tal, aquiloque assumimos acerca do que nos rodeia, baseado na nossa cultura, contribui emgrande escala para a avaliação de tudo o que encontramos.

Existem algumas dicas para que consiga identificardiferenças culturais!


APRENDER

Se vai viajar para uma região específica do mundo,vale a pena realizar uma pesquisa prévia sobre o local e sobre os seus hábitosculturais. Pequenos pormenores podem ser bastante úteis. Por exemplo, naBulgária, as pessoas geralmente balançam a cabeça para dizer “sim”, enquantonos EUA, as pessoas acenam com a cabeça. Esta é uma informação valiosa paramanter um diálogo eficiente e não presumir que as pessoas estão a discordar deuma opinião quando, na verdade, estão a concordar.

Existem aspetos gerais da cultura que são úteis emqualquer circunstância. Por exemplo, o psicólogo social holandês, GeertHofstede, delineou uma série de dimensões que destacam as diferenças culturais.Por exemplo, as culturas americanas e ocidentais tendem a ser individualistas,o que significa que tendem a valorizar a ação e a liberdade dos indivíduos. Asculturas do leste asiático tendem a ser coletivistas, valorizando assim asnecessidades do grupo em relação às necessidades do indivíduo. A culturaamericana tende a ser bastante plana, o que significa que não existe umahierarquia de status rígida, enquantoa cultura japonesa é muito mais hierárquica e, assim, o status relativo de todos na sala determina a maneira como aspessoas interagem umas com as outras.

Ter conhecimento destas dimensões contribui para umamelhor perceção, avaliação e interpretação de determinados comportamentos ediferenças culturais.


OUVIR

O cérebro é um mecanismo de previsão que tenta,constantemente, prever uma diversidade de aspetos sobre o que vai acontecer nofuturo, incluindo as reações que provocamos nas outras pessoas. Por exemplo, seas pessoas com as quais trabalhamos diariamente são afáveis e, no início de umareunião, nos tratam friamente, isto é um sinal de que algo não está bem. Damesma forma, se damos uma boa notícia e a reação dos interlocutores não éentusiasmo, mas indiferença, também devemos perceber porque as expetativasdiferem.

Não podemos criar nos nossos interlocutores aoportunidade de criar uma falha de expetativa.

Ou seja, não podemos permitir oportunidades para queas pessoas realizem ações diferentes das que tínhamos inicialmente previsto outransmitir-lhes a sensação de que a interpretação delas sobre uma situação édiferente da nossa. Por exemplo, se realizar uma apresentação para pessoas quese sentem desconfortáveis em fazer perguntas em público e, no final, questionarse alguém tem dúvidas, as pessoas irão ficar em silêncio por respeito, e nãoporque não tenham dúvidas. Em contrapartida, dado que vem de uma cultura onde éapropriado fazer perguntas, irá interpretar erradamente o silêncio daspessoas.  

Ao conhecer um grupo de outra cultura, não lhes dê aopção de não fazer nada. Por exemplo, em vez de terminar uma apresentação com “Alguémtem perguntas?”, pode concluir afirmando que “a integração em novos projetossuscita diversas dúvidas e questões, portanto quais são os problemas quedesejam conhecer?”. Desta forma, é dada permissão de forma explícita pararealizar perguntas e comunicado que “fazer perguntas” é a expetativa.

Por fim, é importante reconhecer que as barreiras doidioma também dificultam a perceção. Numa conversa com um falante nativo inglêspoderá percecionar mudanças subtis no tom de voz ou na escolha de palavrasquando as opiniões diferem. Os falantes não nativos têm uma maior dificuldadeem entender este tipo de pistas. Uma boa prática é pedir aos participantes queescrevam um resumo rápido da reunião para garantir que todos concordam com ainterpretação e com os moldes do projeto.


PERGUNTE

Geralmente, é difícil saber o que a outra pessoaquer, mesmo quando a conhece bem. Este problema é agravado quando trabalha compessoas que olham para os assuntos através de uma lente cultural diferente.

Felizmente, há uma solução simples para entender comoas pessoas reagem às suas interações e intervenções: pergunte! No início de umanova relação com indivíduos ou grupos de outra cultura, dê a entender a todosque quer que as coisas corram bem, e que sabe que por vezes as diferençasculturais podem dar azo a ofensas não-intencionais. Garanta que não ficaráofendido se eles indicarem uma solução alternativa para lidar com algumproblema.  

Tendo esclarecido que está aberto a novasaprendizagens, acompanhe explicando os objetivos de uma interação específica.Pode iniciar uma reunião ou conversa afirmando que a sua “intenção é reunirinformações para que se tome a melhor decisão”. Tente encontrar um aliado nogrupo que o avise sempre que diga algo que provoque uma reação diferentedaquela que pretendia.

Quando trabalhar com pessoas de uma culturadiferente, é garantido que irá cometer alguns erros. Contudo, o importante éque defina uma rotina de comunicação sobre os problemas que possam surgir, poisassim poderá minimizar o dano dos erros cometidos.

Texto adaptado do artigo da autoria de Art Markmanpublicado no dia 15 de junho de 2018 no website da Harvard Business Review (https://hbr.org/2018/06/3-ways-to-identify-cultural-differences-on-a-global-team).  

Newsletter

Subscreva a nossa newsletter e fique sempre a par de todas as novidades

Formulário de Sugestões, Dúvidas e Reclamações

No Grupo Casais, valorizamos as suas sugestões, dúvidas e reclamações, pois acreditamos que são essenciais para o nosso processo de melhoria contínua.

Este espaço está à disposição de todos os parceiros e partes interessadas que desejem partilhar situações, questões ou dificuldades relacionadas com as interações que tiveram com as empresas do Grupo Casais.

Para submeter a sua sugestão, dúvida ou reclamação, basta preencher os campos indicados. Garantimos que todas as mensagens serão tratadas com a máxima seriedade.

Agradecemos o seu contributo para a melhoria contínua dos nossos serviços e processos.