Alguma vez vai ser levado a sério?

Temos as palmas das mãos suadas. Tropeçamos nas palavras. Parece que não estamos a conseguir passar uma mensagem correta. Olhamos à nossa volta – são todos mais experientes, tanto em idade como em título. Gostaríamos de saber se vamos ser sempre considerados.

Este contexto soa-lhe familiar? Se assim for, está entre os muitos que experimentam o que se chama habitualmente de “complexo de cabelos grisalhos ” – um estado auto induzido de intimidação perante a presença de executivos mais seniores. Para superar este sentimento de insegurança, é necessário focarmos em três áreas: mental, técnico e físico. Vejamos como:

Condição Mental: Para transmitir confiança, um dos fator chave é, antes de mais, acreditar que pertencemos ao grupo. Jason, um dos nossos clientes, enfrentou esta situação quando foi promovido pela primeira vez a gestor sénior. Esta sua nova função exigia reunir muito mais tempo com os altos executivos e frequentemente até mesmo com o CEO. Muitas vezes, como era o mais novo da mesa, acabava por concordar com os executivos mais seniores, hesitando desafiar os seus pontos de vista. Ou seja, enquanto Jason desejava que os executivos mais seniores o vissem como um deles, descurou ver-se a si próprio como tal. Como ele próprio não acreditava possuir uma lugar naquela mesa, o seu impacto foi automaticamente limitado. O primeiro requisito fundamental era conseguir substituir esta crença limitadora por outra que realmente o ajudasse. Quando perguntamos a Jason qual o valor que ele trazia àquela mesa e qual era a sua proposta de valor, ele demorou algum tempo a responder. Mas quando viramos o eixo da questão e perguntamos o que se teria perdido se ele não participasse naquele grupo, Jason rapidamente conseguiu listar o que o diferenciava do restante grupo. O seu quadro mental mudou e conseguiu identificar claramente quais eram as suas mais valias e o que tinha para oferecer, em vez de se centrar no que não tinha ou não fez.

Condição Técnica: O facto de nos sentirmos intimidados por indivíduos mais seniores conduz frequentemente a um de dois resultados: ou compensamos por agressivamente, defendendo o nosso ponto de vista e enfatizando as nossas realizações; ou enfraquecemos, hesitando na apresentação das nossas respostas e aceitando os pontos de vista dos outros. Escusado será dizer que esta não é uma estratégia eficaz . Para superar estes erros, devemos preparar-nos tecnicamente e dominar as técnicas básicas da comunicação. Uma das técnicas principais é a capacidade de helicóptero que permite falar sobre os pontos de vista dos outros, tendo em conta as suas dificuldades, agenda e futuras decisões. Outra é a capacidade de comunicar o valor dos assuntos que colocamos em cima da mesa e os resultados do nosso trabalho (em vez de focarmos no processo). Jason ficou muitas vezes preso aos detalhes e, portanto, perdeu a oportunidade de compartilhar suas ideias com os restantes executivos. Para ultrapassar estas situações, antes de cada reunião, começou a preparar duas ou três mensagens-chave e fez questão de se concentrar em todo o trabalho analítico do seu grupo e na consequente realização de valor para a organização.  Ou seja, Jason focou-se no que era esperado dele, libertando a sua energia para as situações menos previsíveis.

Condição física: Qual dos seus atributos físicos afeta negativamente a sua presença e imagem de executivo? A forma de vestir, a voz e a postura são os predicados mais impactantes. Jason vestia mais informal nas sextas-feiras casuais e alguns colegas referiam que o seu traje o fazia parecer mais um estagiário universitário do que um alto executivo. Assim, Jason reformulou o seu guarda-roupa de sexta-feira para conseguir transmitir uma personalidade simultaneamente confortável e confiante. Depois de se rever em vídeo, Jason concluiu ainda que a sua voz o traía frequentemente – o ritmo do seu discurso acelerava quando mais desconfortável se sentia. Jason aprendeu a controlar esta situação com a ajuda de exercícios de respiração, bem como, a controlar a sua voz e a intensidade de algumas afirmações. Por fim, Jason percebeu que a sua postura durante as reuniões também precisava de ser trabalhada: substituiu a típica postura de se deixar descair para trás, passando a inclinar-se para a frente colocando as mãos sobre a mesa, fazendo assim um bom uso da sua presença física para se expressar.

Como aconteceu com Jason, é verdade que não conseguimos controlar o nosso público, mas há muitas outras coisas que podemos controlar e usar para melhorar o nosso impacto… E fingir sermos mais velhos do que realmente somos, não é uma delas!

Texto adaptado do artigo da autoria de Amy Jen Su e Muriel Maignan Wilkins, publicado no dia 7 de maio de 2013 em http://blogs.hbr.org

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