Como melhorar a gestão da sobrecarga de informação no cérebro

A sobrecarga de informação estáem todo o lado: desde notícias a toda a hora, até às caixas de entrada de email. No final da receção desteturbilhão de informação, é o cérebro humano, metaforicamente dotado de umaspirador, que sugere as informações a não esquecer: um recipiente paramemórias a curto prazo; um liquidificador para juntar informações; um banco dememória para armazenar informações a longo prazo; um lixo para se livrar da informação;e uma máquina de reciclagem extraordinária. Usar, efetivamente, cada uma dessasfunções é fundamental para gerir a sobrecarga de informações. Usar o cérebro,simplesmente, para cruzar informações fora da lista de tarefas é um uso muito fracode uma máquina muito sofisticada. No entanto, poucas são as pessoas que constroemhábitos e estilos de vida que permitem aos cérebros funcionar no seu melhor.

No núcleo da sobrecarga da gestãode informações está a capacidade de saber que função usar, como e quando a usar.Os princípios abaixo servem de guia para a organização cerebral adequada paragerir a sobrecarga de informações, num dia de trabalho ocupado.

Configurar o aspirador: se deixar o aspirador do cérebro na suaconfiguração padrão, ele irá aspirar todas as informações que aparecerem nocaminho, não fazendo a gestão das mesmas. Precisa de ajustar a sua configuraçãode feedback “global” para “local”.

O feedback local significa querefletiu sobre o que aconteceu. O feedback global significa que reflete sobretodas as atividades anteriores. Treinar o cérebro para obter um feedback localtorna uma pessoa que é multi-tasking mais eficiente, permitindo-lhe fazer agestão de mais informações e também de mais tarefas. Então, quando o seu diaestá cheio de tarefas para fazer, faça um breve intervalo de focagem. Duranteesse período, faça um balanço das tarefas que completou para, simplesmente,avaliar como correram e como pode proceder com a próxima tarefa. Evite pensar sobreisso durante todo o dia.

Colocar filtros nos recipientes: A memória de curto-prazo é como umcopo cheio de ideias. Tem um limite. É especialmente irritante quando ainformação que não precisamos de lembrar ocupa espaço na memória e causadistração. Por esse motivo, é preciso filtrar a informação que nos chega duranteo dia. Existem duas maneiras de fazer isso: proativamente e reativamente.

Uma filtragem reativa é aquelaque resulta da auto-conversa sobre a informação inútil que é recebida. É assimenviada mensagem ao cérebro para que ele não absorva o que acabou de ouvir. Afiltragem proativa é uma preparação para o cérebro. Em vez de esperar pelomomento em que a informação chega, é preciso preparar o cérebro para ignorá-la.As notificações do Facebook, por exemplo, são algo que podemos decidir ignorarcom antecedência, desligando as notificações do computador e do telemóvel.

Ativar o misturador: podemos criar um espaço no cérebro para conectaras ideias. Quando o fazemos, o cérebro consegue lidar com mais informação.Quando estamos focados, o nosso cérebro está em modo ‘recolha de informação’ enão no modo de ‘conexão’. Precisamos de criar tempo de desfocagem ao longo do diapara ativar os circuitos de conexão do cérebro.

Quando temos muita informação nocaminho, é preciso que esse processo seja feito de forma contraintuitiva –adicionando outra tarefa ao dia a dia. É possível que esta tarefa sejadivertida, ativando os circuitos de conexão. Por exemplo, caminhar dá pernas àsideias, aumentando as conexões e a criatividade.

Cimentar as memórias: a memória de longo prazo pode ser feita emminutos, usando uma técnica conhecida como ‘aprendizagem espaçada’. Em vez detrabalhar sem parar, construa distrações deliberadas no seu dia-a-dia; isto podeconferir grandes benefícios, esvaziando o seu copo de memória de curto prazorapidamente e cimentando o que precisa de aprender.

Ligue o lixo: muitas vezes tememos que não nos possamos lembrar dealgumas coisas. No entanto, também há coisas que não podemos esquecer. Porexemplo, uma reprimenda pode ficar em mente todo o dia.

À medida que envelhecemos, nãomemorizamos tão bem a informação. Paradoxalmente, as memórias problemáticaspermanecem mais longas (em parte porque temos uma preocupação geral sobre asnossas memórias, então esforçamo-nos para não as perder). Uma estratégia ésubstituir as memórias rapidamente. Assim que a memória problemática se começara formar, ligue a música ou procure a sua imagem preferida. Induzindo o esquecimentodeliberado ou direcionado pode, efetivamente, interromper recordaçõesproblemáticas mais cedo, para que elas nunca se apoderem.

Ative a máquina de reciclagem: o seu cérebro consome 20% da energiado corpo, mesmo que use apenas 2% do volume do corpo. Isso significa que quandoo seu corpo não tem energia, o seu cérebro também sofrerá com isso. É por issoque, condicionar o corpo com yoga, pode melhorar a qualidade de vida, porque o exercícioajuda o corpo a administrar a energia de forma mais eficaz. Fazer exercíciotambém dá uma pausa ao cérebro. O tempo que usa para tirar o trabalho da cabeçaajuda a rejuvenescer o cérebro.

Quando organizar o seu tempo comestes princípios em mente, terá um dia novo e melhorado, para gerir asobrecarga de informações. Há muitas outras maneiras de construir um focoestratégico. Mas, para começar este exercício, basta dividir o dia em segmentosde 45 minutos, com 15 minutos de pausa entre cada segmento. Durante a primeirainterrupção, faça uma filtragem proativa. Em todas as outras pausas, pense sehá alguma coisa que o está a perturbar. Use a filtragem reativa em substituiçãodo pensamento (positivo ou negativo). Quando as coisas começarem a ficaresmagadoras, faça uma caminhada para fazer conexões ou use o controlo defeedback local. Pratique estas técnicas com frequência e, provavelmente,aumentará a eficiência do seu cérebro significativamente, podendo também melhorara qualidade do tempo em casa.

Texto adaptado do artigo da autoria de SriniPillay, publicado a 7 de junho de 2017 em: https://goo.gl/QSoofB.

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