Ouvir os outros é uma forma subestimada de liderança

“O que é que achas?”

Muitasvezes ouvimos esta pergunta. Os líderes das organizações têm comoresponsabilidade ensinar os colegas e equipas a encontrar respostas. E, muitofrequentemente, as equipas acabam por ter uma resposta melhor do que a doslíderes.

Ouviros outros pode ser uma técnica poderosa. Mas, este método, apenas funciona emempresas que realmente valorizam a opinião dos outros.  

Numacompanhia em constante crescimento como o Twitter, não há muitas coisas que semantenham iguais durante muito tempo. Novas equipas são formadas, novos membrossurgem e os projetos mudam, baseados nas prioridades. Com tantas coisasincontroláveis no quotidiano, o melhor mesmo é mesmo duplicar aquilo que épossível controlar.

Ouviré uma ferramenta subestimada que cria um ambiente de segurança quando executadana perfeição. Vários estudos ao longo das décadas estimam que se passe entre umterço e metade do tempo a ouvir os outros. E, mesmo assim, no final de umaconversa, aquilo que se retém é pouco. Em 1957, investigadores perceberam que,aqueles que escutam, apenas se lembram de metade daquilo que ouviram,imediatamente após alguém ter terminado de falar.

Ouvirpode ser um desafio… Desta forma, existem três níveis que importa salientar:

Escuta interna é focada nos pensamentospróprios, nas preocupações e nas prioridades, mesmo quando se finge estar concentradonoutra pessoa.

Escuta concentrada é ser capaz de focar na outrapessoa mas, mesmo assim, não se ligar a ela. O telemóvel até pode estar pousadoe até podem estar ambas as pessoas a verem um contrato, mas isso não quer dizer,necessariamente, que está atento a todos os pormenores que estão a ser partilhados.

Escuta a 360. É aqui que a magia acontece. Não está apenas a ouvir o que aoutra pessoa diz, mas sim, como ela o está a dizer – e, ainda melhor, o que elanão está a dizer: se está animada, se pausa para falar de algum tópico ou seinterrompe para falar com alguém.

Quandose reúne com outras pessoas, o computador deve estar desligado e o resto do Mundo devedesaparecer, para ser possível estabelecer uma ligação. Cria-se energia. Cria-seum ambiente de concentração naquilo que a outra pessoa tem a dizer.

Consegueouvir-se mais e melhor quando se reserva algum tempo durante o dia pararefletir sobre a reunião da semana passada ou sobre a próxima avaliação, porexemplo. É essencial criar espaço e tempo na agenda para refletir sobre o quese falou com outras pessoas, no que se debateu durante as reuniões do dia eainda para preparar as seguintes.

Porisso, como é que podemos ouvir mais e melhor? Aqui estão três sugestões paraseguir esta semana:

Olhar as pessoasnos olhos. Segundo um estudodo MIT, ouvir os outros não é uma questão de esquecer os telemóveis, mas simutilizá-los com um propósito. As conversas existem por algum motivo. Desligueo telemóvel quando está numa reunião. Feche o portátil. Repare como fica com maisenergia para as suas tarefas e para as pessoas com quem trabalha.

Crie espaço no seudia. Gira a agenda epare de desmarcar coisas. Alguém da sua equipa pode fazer parte da reunião? Temde ser uma hora ou podem ser apenas 30 minutos? Adapte. Tire algum tempo pararefletir ao longo do dia para que, quando estiver a falar com alguém, consigadar-lhe toda a atenção necessária.

Faça maisperguntas. Da próxima vez queum colega pedir um conselho, certifique-se que o está a ouvir e a entender asituação. E, antes de responder, faça as perguntas que precisa. Especifique aquiloque é realmente necessário – normalmente, os colegas ou subordinados só necessitam de validaçãopara saberem que estão no caminho certo.

Comoem tudo, há sempre expectativas. Se realmente ouvir a outra pessoa, aperceber-se-áde que, por vezes, ela ou ele só precisa de mais orientação, ou até de um pontode vista. E, a realidade, é que é muito simples desligar o telemóvel e ocomputador!

Texto adaptado do artigo da autoria de Melissa Daimler publicado em 25 de maio de 2016 disponível em http://tinyurl.com/h2g65rq

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