Milhões de pessoas necessitam de fazer apresentações diariamente, em várias partes do mundo, para diferentes públicos. As apresentações chegam a ser a parte central de alguns empregos.
Ansiedade, nervos, insegurança,suores e outros sintomas fazem parte do quotidiano de milhares de pessoas.Muitas consideram que sentirem-se assim é o preço a pagar pelaprofissão que escolheram. Resignam-se a viver em estado de stress constante.
O caminho é, precisamente, ocontrário. Se fazer apresentações é parte da sua carreira, então é preciso estabelecertáticas, métodos para contornar a ansiedade que falar para uma plateiacomporta.
1. Marcar, não impressionar. Por vezes, as pessoas preocupam-semais com os outros do que, propriamente, com o evento em si: é mais importante oque os outros vão pensar do que o trabalho que têm para apresentar. Há queencontrar o foco. O essencial é fazer um bom trabalho, não parecer bem. Porisso, é necessário parar e pensar “Qual o motivo de tanto stress?”. Foque-senas ideias importantes. Foque-se em transmitir, adequadamente, a sua mensagem.Não precisa de ser perfeito. Precisa de ser bem feito. Tão bem feito que marqueos outros. Vai ver que se vai sentir, instantaneamente, mais leve e calmo: o seuobjetivo é marcar, não impressionar.
2. Ensaiar, mas não obcecar. É importante aprender a distinguirquando está a ensaiar em demasia. Ensaiar em demasia é contra produtivo. E ensaiaraté ao ponto de ser contra produtivo provoca ainda mais stress. Quando se tornauma obsessão em vez de uma preparação, então está na altura de ‘desligar’ efazer algo diferente, uma atividade qualquer. Se a apresentação é nova, treineapenas em três momentos: quando termina de a preparar, no dia anteriorà apresentação e, finalmente, algumas horas antes da mesma.
3. Criar períodos de descanso. Muitas pessoas, alguns dias antes deapresentações importantes, nem sequer conseguem digerir o jantar. Embora umaapresentação de 180 minutos pareça um campo minado intransponível, introduzir pausas de 10 minutos transforma o cenário… Comece por organizar omaterial em partes, construindo uma ligação lógica entre eles.
4. Transformar a apresentação numa conversa. Uma descoberta recente comprova que o público odeia monólogos prolongados. As audiências perdemo interesse quando os bocejos começam a tomar lugar. Existem centenas demaneiras inteligentes de envolver o público, tornar as apresentaçõesinteressantes, aliviar o tédio de uma palestra e reduzir a ansiedade. Podeincluir pequenas pausas nas suas apresentações, seguidas de breves atividades emgrupo, alusivas ao tópico.
• Stresse
Não o deixe roubar o que há demelhor em si.
Atividades de envolvimento convidamos participantes a pensar, sentir, ajudar ou tentar fazer algo diferente. Existe a ideia de que os “grupos sofisticados” não querem serenvolvidos em tarefas. Isso é mentira. Os “grupos sofisticados” não querem ser envolvidos em atividades despropositadase sem sentido. Mas adoram uma tarefa estruturada, relevante para o tema, e que os faça sentir inteligentes e respeitados.
5. Conhecer-se a si mesmo. Não há nada de intrinsecamente stressantenuma apresentação. O stresse é, geralmente, auto-induzido – muitas vezes porquedesperta algum trauma relacionado a uma experiência dolorosa, ao qual o cérebro evoca uma conexão. As exigências auto impostas de perfeição e o desejode aprovação universal são os principais geradores de ansiedade. É precisoencontrar o foco e esquecer a necessidade de impressionar.
6. Respirar. Antes de entrar para uma reunião importante, é possívelreduzir as hormonas de stress no sangue se, simplesmente, respirar profunda elentamente, enquanto assume uma pose confiante. Mas, quando o nervosismo deúltima hora tomar o controlo, procure um WC e use-o para se recompor.
Estas táticas vão ajudá-lo aaprender a relacionar-se de uma forma diferente com os grupos, transformando asapresentações, outrora stressantes, em experiências gratificantes. Estar diantede um público deixará de ser uma maldição e passará a ser uma bênção. Paraisso, basta abstrair-se daquilo que se passa dentro da sua cabeça, respirar epartilhar experiências com o público.
Texto adaptadodo artigo da autoria de JosephGrenny, publicado no dia 31 deagosto de 2015 em www.hbr.org
