A partir do seu exemplo de vida,Kabir explica as três táticas que usa para gerir os seus horários, de forma amaximizar o tempo disponível e a aprimorar o foco. Após ter prestado serviçomilitar, Kabir teve de se adaptar rapidamente ao trabalho corporativo e definirprioridades e prazos com a sua equipa. Enquanto isto, também o seu entusiasmocomo produtor de música profissional despertou. Teve, portanto, um espaço de tempoapertado para gravar o um projeto: uma Ópera de Jazz, sobre a crise financeiraeuropeia. Caso não gravasse nesse curto espaço de tempo, teria de arriscaresperar vários meses para encontrar uma nova data que funcionasse para todos osmúsicos e para o estúdio.
Em apenas dois meses, Kabirconseguiu receitas significativas para a sua empresa e também gravou, comsucesso, com 25 músicos e cantores. Como conseguiu tudo isso?
Dieta de Notícias
A 9 de novembro, Kabir, desligoua CNN do feed do seu computador; bloqueou os sites de notícias do portátil e dotelemóvel; apagou as aplicações do Facebook, Twitter e Linkedin do telemóvel;evitou todas as bancas de jornais no caminho para o trabalho e evitou todas asconversas sobre eventos atuais. Estava numa dieta de notícias. Era essencial concentrar-seintensamente na gravação da Ópera, onde tocava baixo.
Entre cálculos, percebeu quegastava, pelo menos, duas horas diárias em notícias, o que correspondia a 16horas semanais ou 64 mensais – tempo suficiente para praticar um instrumento. Usouo seu tempo livre para praticar no contrabaixo, ficando em forma para agravação; desenvolveu a peça para a Ópera e ainda outras peças. E sim, agravação correu maravilhosamente bem.
Embora acreditasse que umacidadania informada fosse essencial para uma democracia em funcionamento, cortarnas notícias permitiu-lhe encontrar tempo para organizar a Ópera. Ao não ler asnotícias, pôde concentrar-se na produção de outros projetos.
Tornar o telemóvel menos apelativo
Mesmo depois de ter deixado de lernotícias, Kabir ainda confirmava no seu telemóvel, sempre que podia, aschamadas perdidas, os emails e as mensagens. No meio das reuniões com clientes,confirmava se recebia comunicações. Ser viciado no telemóvel, tornava-o menospresente nas reuniões, comprometendo a sua capacidade de pensar criticamentesobre o trabalho e sobre o que estava a fazer.
Para cortar a relação com otelemóvel colocou-o em modo grayscale.Quando trocou a aparência de cores para preto e branco, foi como se tivesse colocadoum interruptor mental: não se sentia atraído pelo dispositivo. Parecia obsoletoe menos vibrante. Ao longo do tempo, parou de confirmar, compulsivamente, otelefone, o que fez com que concentrasse toda a sua atenção no atendimento dosclientes.
Atrasar os emails
Antes de Kabir entrar no estúdiode gravação, escreveu várias dúzias de emails e agendou-os para vários diasdiferemtes, para que chegassem aos destinatários no momento apropriado,evitando aquelas trocas de emails infinitas. Por exemplo, agendava o relatóriode equipa semanal para entregar na noite de quarta-feira quando, nesse momento,estava a gravar uma música de fundo para uma Ópera.
Pôde controlar quando e com quefrequência recebia os seus emails agendando, e quando queria que o email fosseentregue. Kabir optou por não deixar que outras pessoas o distraíssem. Sealguém precisasse de o contactar imediatamente, usava outro método diferente decomunicação.
Com estas três táticas extremasde economia de tempo, Kabir encontrou muito tempo para acabar outros projetosimportantes. Desde que alcançou os seus objetivos, retomou o uso normal dotelemóvel, no modo cores, para que pudesse desfrutar plenamente das mensagenscom os amigos. E, apesar de ter gostado da sua dieta de notícias, começou a leralgumas das manchetes novamente. Quanto a atrasar o envio dos emails, fez destauma prática perpétua, uma vez que achou útil a forma como administrava ealocava o seu tempo disponível.
Texto adaptado do artigo daautoria de Kabir Sehgal, publicado a 23 de Fevereiro em: goo.gl/fjB98B.